Ainda no meu momento em Buenos Aires e com o meu amigo comunista Lucas, ele mesmo me disse uma frase que claro me chamou a atenção; "vale mais uma mentira alegre ou uma verdade triste?". Claro que o contexto todo era a separação entre as pessoas mesmo que se gostassem muito. Separações que poderiam ser desde um amor que não sobreviveu mais até a questão geográfica.
Ao mesmo tempo me veio também sobre sabermos e entendermos alguns momentos especiais em nossa vida. Quantas vezes temos a oportunidade de nos jogarmos de cabeça em um relacionamento mas temos medo de arriscar. As vezes chegamos ao acúmulo de não aceitarmos e nem encará-los para apenas sabermos que a oportunidade existe e isto já nos basta.
Brinquei com Lucas, dizendo para ele, que mesmo eu sendo espírita e acreditando em vida após a morte, eu preferia não esperar e ter as minhas emoções ainda por aqui e neste momento.
Se tenho medo de algo em minha vida é de perder a minha audácia de ir atrás daquilo que me faz bem e feliz. De ir atrás mesmo que por caminhos tortuosos da boa realidade.
Repito sempre que não temos o dicionário da felicidade e se não tentarmos não chegaremos nem a sair do lugar.
E vejo na frase do meu amigo um mix de amor e dor. O amor de abrir o coração e se permitir ser feliz e na dor de não poder realizar como acreditaríamos que seria perfeito.
Acertar ou errar não é a questão e sim se desprender do descaso pessoal em apenas ignorar a felicidade que pode estar insistindo entrar em seu coração...
