paixão e carência...


Posso ser apedrejado aqui com o que irei escrever mas estou desconfiado que a paixão, aquela avassaladora é apenas uma forma de carência humana. Aonde nos estimulam a botar para fora toda aquela sensação que está dentro de nós e muitas vezes nem percebemos que elas com certeza tem uma certa responsabilidade sobre nossos atos diários.
Já assumi perante todos os tribunais da vida que já fiz cada coisa por carência que nem o meu subsconsciente tenta imaginar. Corre três dias de suspeitar, imagina se ele (o sub) tentar lembrar. Ai eu irei precisar de mais alguns anos de terapia.
Mas conversando com um amigo nos questionamos sobre a paixão avassaladora de algumas pessoas. Aquela coisa impulsiva que pulamos obstáculos jamais imaginados passar para tentar um beijo que seja. Nos questionávamos se os relacionamentos que nascem médios com saidinhas ao cinema ou mesmo pegadinhas de mão eram as reais verdades de um namoro. Ou mesmo sobre a razão de não aceitarmos as condições apenas de estar juntos não nos satisfazendo completamente como quando existe o friozinho na barriga ao ver o ser amado.
Qual seria o mais promessor. Aquele que começamos na avalanche da emoção ou aquele que marcamos uma saidinha ali e outra bem lá?
E de repente chegamos na dúvida de que se o despertar de uma paixão seria nada mais ou nada menos que o despertar de uma carência adormecida. Quando ainda pulamos mais alto que os gatos nos telhados e nos arriscamos de alturas que nem Batman ousaria. Mas estamos lá, atravessando pontes sem por a mão no cordão da razão. Deixamos nossos afazeres diários para conseguir uma piscada de atenção. Compramos bombons e a Veja da semana para ultrapassarmos as expectativas e não sairmos ja falando tanta bobagens que o coração manda falar. E ai? qual é a razão???