Tempos diferentes




Imagino nossa vida como um barco navegando em mar aberto. As vezes o mar agita e lá respondemos tentando nos equilibrar... Outro dia o sol nos aquece e estamos novamente nos mostrando da melhor maneira possível. Ou mesmo de repente numa noite que até então estava estrelada, raios caiam sobre nossas cabeças e proas e novamente corremos em nosso maquinário individual para manter a direção e estabilidade.
Existem dias que acordo tão feliz que até estranho e me olho assim de canto de olhos para tentar entender a razão. Outros já me intitulo o sofredor e o homem mais triste do mundo. Mas está parte é engraçada, porque é a que menos mantenho. Este lado triste. Sim, pois procuro entender a razão, se é relacionamento, dinheiro, trabalho ou até mesmo algum planeta sobre o meu signo. Mas passa rápido.
Li recentemente uma frase que dizia: "o mundo fornece os crimes e nós que os cometemos..." Não sei o tão quanto é possível nos mantermos imunes das coisas que acontecem ao nosso lado.
Meus próprios amigos sabem que corro 3 dias de falar ou comentar sobre qualquer pessoa. Mesmo que seja sobre um artista que eu gosto de alguma forma. Mas prefiro assistir do que pecar com algum comentário infame. Porém percebo no trânsito que é difícil, mesmo que ali sentado e sózinho, não resmungar e soltar os mais severos palavrões para as pessoas que estão ali também, de alguma forma fazendo com que o trãnsito seja ainda pior.
Mas isto acontece geralmente de manhã cedo, aonde eu mal acordei e já estou buzinando na traseira de alguém. Porém quando se é no meio da noite, indo para um jantar romântico a dois para ver a Lua regados por uma boa taça de vinho, parece que podem fazer o que quiserem mas nada do humor pode mudar.
Por isto volto eu barco para casa, ou seja de manhã ou a noite, com a minha sensibilidade sempre aflorada para o novo. Para o inesperado. Para aquele momento que eu queira que nunca mais saisse da minha vida.