tempo - parte 2


Não diga NÃO sem pensar ao menos a razão do destino estar te oferecendo algo.

Pois as vezes estamos tão acostumados a dizer não que apenas viramos robôs incensíveis.

Recordo de uma vez ter sido abordado por alguém na rua com algo na mão e logo fui dizendo que não queria e estava atrasado. E a pessoa apenas me perguntava aonde era aquele endereço.

E isto faz parte do nosso dia a dia de um mundo que fazemos parte dele. Porém não devemos deixar de sentir e querer algo para nossas vidas. Pois as abordagens são tantas que é mais fácil para nós, dizermos NÃO sem ao menos ouvirmos o que estão nos oferecendo. Como achar normal alguém com fome pedindo dinheiro na janela do seu carro, pois isto acontece no mínimo 100 vezes ao dia. Até aonde estamos vivendo para um todo?

Vivemos numa sintonia que não é mais a nossa e sim a de um mundo inteiro. Chegamos a ponto de nos abalarmos somente quando as coisas acontecem na nossa vizinhança. Como quando as chuvas inundam bairros afastados passamos o canal da tv pois parece que é em outros países.

Então que tempo é esse? Em que tempo vivemos ou mesmo queremos viver?

O mesmo número de horas, dias, meses e anos é o mesmo para nós que moramos numa cidade como São Paulo ou outra bem menor. Porém com certeza as pessoas que vivem em mundos com tão menos informações na realidade, percebem muito mais informações ao seu redor. Pois vivem cada minuto para si mesmo.

Certo dia numa estrada no interior de São Paulo, um amigo ao lado estranhava nomes de cidades tão distintos. Que nunca tínhamos imaginado existir. E ele me perguntou; - o que estas pessoas devem fazer da vida vivendo assim tão longe... ? sexo, ver televisão e só, ele mesmo respondeu. E eu apenas perguntei rapidamente e naturalmente para ele , e você faz tudo isto?

Claro que demos risada no primeiro instante mas viemos kilometros refletindo a respeito.

Quem vive mais é porque no mínimo saber viver no ritmo das coisas... Sabe usufruir cada passo dado... sabe sentir cada respiro e comparar o perfume do ar... Sabe colocar suas idéias em ordem sem precisar sequer anotá-las...

E aí? qual seria a nossa doce realidade de pequenos homens em grandes mundos?