terapia do grito


Tenho que me cuidar as vezes para não parecer um chato positivistas em relação algumas coisas na vida. No primeiro momento até me mostro ser alguém contestador de quase tudo. Quase sim, pois quando vejo que não vale a pena a segunda frase, já mudo de assunto.

Mas insisto sempre que é uma coisa muito natural para mim. Ser positivo em quase tudo. Não sei dizer que algo está muito ruim, apenas completo que não estão tão bom. Não sei dizer e nem fazer parte de comunidades que odeiam coisas. Posso até não gostar de algumas coisas que as mesmas defendem mas odiar não faz parte do meu vocabulário escrito e nem imaginário.

Li uma frase de Madre Thereza que dizia, "não me chamem para pregar contra a guerra, mas estou a disposição para uma passeata pela Paz."

Longe de me considerar vestido de freira e mesmo uma pessoa de uma bondade única como a dela, mas insisto que naturalmente eu prefiro pensar e defender as coisas boas. E não perder o meu precioso tempo com as coisas que já estão definidas para mim e que eu não apoio e nem acredito. Se já tenho isto definido na minha mente para que perder tempo?

Quando ouço amigos defenderem suas causas nobres e negativas,´automaticamente me reforço em teorias de que não vale defender o que já se entende que não vale a pena. Insistamos em oferecer ainda mais apoio naquilo que já entendemos como válidos para nossa vida.

Como diz a freira, apoio a Paz e nem sequer penso em discutir a defesa do não guerra. Como se atraissemos ou mesmo vivessemos aquilo que acreditamos não ser bom para nós mesmos e talvez até para uma nação maior e menos individual.

Assumo aqui que sou um monstro quando estou dirigindo. Falo os piores palavrões e xingo as pessoas até as suas outras gerações. Assumo isto sim. Ops... já me redemi que não sou candidato a santo. Mas logo depois destes meus desenfreados dissabores, corro me questionar se um dia eu não fiz algo parecido. E qual é a resposta? Qual é? Qual é? QUE SIM...

E como me sinto após xingar alguém por não dar pisca no carro ou mesmo passar um semáforo vermelho á minha frente, sendo que em um determinado momento eu já tenha feito igual?

Nada bem... rs... nada bem....

Realmente não irão me ver em palanques com o Padre Marcelo pregando religião, mas garanto que o alívio de não desejar o mal para ninguém em indeterminados momentos é tão satisfatório para nós mesmos que vale muito a pena nos redimir desta forma.

Mas olha aí, nunca é demais sempre dar um gritinho dentro do carro para não perder o costume ou mesmo como uma terapia do grito. Ou se preferirem façam isto enquanto dançam numa pista gigante com a sua melhor música tocando. Já fiz e gostei muito. Só cuidado com os ouvidos dos amigos ao lado. Aos que reclamarem, apenas grite para o outro lado. Verá que em pouco tempo terá um coral de gritos ao seu lado...

Vale a pena...
p.s. Se ainda me acham um forte candidato a receber um título, ousem me acordar numa manhã ensolarada abrindo a cortina a minha frente.