quase dois...


Quando mal conhecemos alguém, ficamos com aquele friozinho na barriga sobre as possíveis e boas surpresas que estamos próximos a ter. Admiramos cada pequeno ato e palavras. Criamos incessantemente expectativas, porém sou adepto daqueles que precisam melhor administrar estas expectativas. Tudo é lindo. Tudo é novo. Tudo nos faz querer que aquele tempo nunca passe e que todos os dias tenham o tempo de finais de semana. Aonde não precisamos no mínimo em ter que levantar cedo e podemos continuar ali curtindo um momento a dois.

Até nos sentimos como uma só pessoa pois as diferenças vão desaparecendo e o gosto de estar ali juntinhos só tende a aumentar.

Tudo perfeito, tudo paixão, tudo que qualquer ser humano normalzinho gostaria de ter. Encontrar na intimidade e cumplicidade uma pessoa para se chamar de seu.

E com o passar do tempo a tendência é que tenhamos ainda muito menos diferenças até porque começamos a fazer , viver e conviver juntos. E mais próximos a cada dia e lugar.

Vamos chegando e chegando até sermos quase confundidos como "brothers" entre estranhos.

E de repente percebemos que já conhecemos tudo sobre a outra pessoa. E procuramos algo para nos supreender e acabamos nos vendo através de outro alguém. Sim, aonde a outra pessoa é apenas a nossa própria extensão. Concordo que devemos sim quase sermos um só, porém sempre com o gostinho de querer mais. Por que queiramos ou não, nós mesmos as vezes somos meio repetitivos e levemente chatos. E quando agora não temos mais a diferença que sempre nos atraiu e nos trouxe tão próximos.

Na minha não tão grande organização de relacionamentos percebi que quero alguém para chamar de meu, sempre. Porém que este alguém também seja a cada momento, um novo amor a ser conhecido. Descobertas novas com uma razão de orgulho de estarmos ali juntos.

Que seja em criarmos pequenas surpresas e novas palavras que façam com que aquele amor seja sempre o nosso ápice de felicidade e desejo.

Independente de tempo, pessoa e lugar, o ser humano tem a necessidade de ser sempre surpreendido para novas conquistas. Mesmo que estas conquistas sejam entre as mesmas pessoas.