momento certo de criação?


Li recentemente em alguns livros que escritores ou autores de livros ou lindas histórias se inspiravam em momentos de maior introspecção. E que estes momentos estão mais ligados a momentos não tão felizes de suas vidas. Talvez Bethânia traga em suas lindas músicas o que estava sentindo enquanto criava. Não discordo muito sobre criarmos mais enquanto estamos levemente tristes. Mas hoje percebo que podemos sim, ser criativos e produzirmos da mesma maneira quando tivermos um bom impulso para isto. E esta animação pode sim vir de um estado memorável de felicidade. Sinto isto neste momento que depois de alguns comentários a respeito do que escrevo ou mesmo da maneira que me exponho em palavras me animou que não consigo sair de frente ao teclado. Quero escrever sobre tudo. Tudo sobre o que vem naturalmente em minha cabeça ou mesmo de conversas que tenho com amigos. E vou além. Até sobre conversas alheias. Pois no mínimo serão pontos de vista diferentes do meu até aquele determinado momento.

Comento com amigos que quando estou assistindo a um filme no cinema não sou tão intransigente a comentários alheios sobre o que estamos assistindo. Pois as vezes nos prendemos a determinado ângulo e assunto naquela história e sequer percebemos que tem uma obra de arte na parede do cenário. Claro que comentários sobre a beleza ou não do ator ou atriz, eu dispenso e peço gentilmente silêncio.

Visões e sentimentos sobre todas as coisas. No mesmo exemplo do cinema uma vez com um amigo arquiteto ouço sobre a batente de determinada porta ser de plástico.

Outra ocasião em um filme de Almodovar eu me prendia mais na edição, fotografia e luz do filme, perguntando a pessoa ao lado sobre como se encontrava a história.

Por isto as vezes a opinião ou visão de alguns nos faz ir além das nossas próprias. Abrir a nossa mente para o novo trata-se de mais um passo para ser desprendido e conhecedor de algo novo.