Fluiu...





Então... manhã com sono, linda e ensolarada. Aonde os passarinhos aqui do meu escritório no Pacaembu não param de gritar que está uma linda manhã.
Porém esta manhã começou já animada desde as Zero hora deste dia.
Após um exaustivo dia de trabalho, liguei para uma pessoa que eu conhecia com apenas alguns olás e elogios mútuos. Amigos de amigos apenas, não tínhamos sequer a idéia da estatura ou mesmo da idade de cada um.
Já tinham se passado alguns poucos minutos da meia noite, aonde eu tentei resisti em não ligar, porém o meu censo de cumprir a palavra falou mais alto e lá estava eu tocando o telefone de um até então desconhecido. Tocou... algumas vezes e nada. Guardei imediatamente o celular com agora um pesar de ligar para alguém naquele horário..
De repente foi o meu celular que tocou e lá começou uma prosa que durou no mínimo em duas horas de uma das conversas mais divertidas e interessantes que eu tive nos últimos tempos.
Falamos primeiramente sobre técnicas de fotografia e luz. Que para muitos pode parecer meio chato, mas para quem é apaixonado pela arte de fotografar, flue de uma maneira mais intensa. E a conversa ia adiante. Passou por palcos de espetáculos interativos aonde quem decide é você, sobre o final do mocinho ou da história, oferecendo o telespectador a arma para o ator finalizar a história. Achei isto o máximo. Depois dos portos de Belém até as ruas da fria Curitba e depois voltando no morro entre as ruas Frei Caneca e R. da Consolação com Tietê e Franca.
E foi embora. Se o tempo fosse acompanhado por um taxímetro e andando pelas ruas da cidade, teríamos fácil chegado a lugares distantes. Porém estávamos ali, sentados ou deitados em nossos respectivos aposentos e falando mais que a boca. A gargalhada era quase sempre inevitada com histórias absurdas e próprias indo até ao cinema.
E quando chegamos em Saneamento Básico, foi como um avalanche de lembranças e atenções em cada cena com seus espetaculares atores e num roteiro irreversível de merecer prêmios. Lembramos de Camila Pitanga, Wagner Moura, Fernanda Torres, Lázaro Ramos nos fazendo ter frouxos de risos, na tentativa de nos convencerem no filme de seriam péssimos atores.
E depois desta quase 2 horas de assuntos variados e invariados, começamos a questionar o que tinha nos levado a este êxtase de assuntos. Apenas a conclusão foi chegada de que fluiu. Um equilíbrio de palavras e gostos com um estranho que até então não se tinha idéia do que cada um realmente fazia e pensava sobre as coisas.
E claro, como se estivéssemos num estado zen, viajamos nas histórias e do desprendimento de cada um para cada parte destas histórias...
Foi perfeito e muito bom. Vejo com um equilíbrio mesmo de momento, idéias, locais e pessoas. Não houve em momento algum algo delimitador sobre as idéias abrangidas. Poderia até ser, um marketing pessoal, que também comentamos, para não dizer não e nem discutir o que o outro pensava. Mas não, de uma D80 para uma D70 os equipamentos podem ser diferentes mas a arte de fotografar esta dentro da sensibilidade de cada um.
E insisto em algo que já escrevi por aqui e claro que comentei ontem em nossa conversa nas ruas da cidade, que encontramos involuntariamente zilhões de pessoas todos os dias e elas passam. Passam sim até o momento que você não percebeu que tantas passaram, mas quando alguém fica, é porque no mínimo, falaí... o papo fluiu....