part 2




Depois do meu primeiro encontro com a Umbanda já eu adulto, eu fui pesquisar de como me doutrinar, desenvolver a minha mediunidade e poder estar ali um dia trabalhando como aquelas pessoas. Sei que além do maravilhoso trabalho que assisti, também sou tomado com amor, em tudo que vejo as pessoas fazendo algum tipo de caridade. Ou seja ali dando os passes para os necessitados, como entregar comida na rua para os famintos ou mesmo fazer um SOS gestantes carentes, como eu mesmo já fiz e participei.


Comecei a comentar com alguns amigos sobre o que eu tinha sentido e visto num centro de Umbanda. E cada vez que eu comentava e para cada pessoa que eu encontrava, eu sentia com mais força e fé a vontade estar ali de alguma forma, aprendendo e voltando a sentir aquela energia única e real.


E claro, percebi que existia um preconceito com a religião da Umbanda e que muitos sim já estiveram de alguma forma mas nunca se pronunciaram como eu estava fazendo naquela situação. Até que eu encontrei um amigo que já participava de um grupo, todos os domingos no Santuário da Umbanda Sagrada na serra do mar em Santo André.


E lá fui eu novamente todo animado e esforçado, pois eu teria que acordar no domingo, ás 6h30 para se estar lá no terreiro ás 8 horas e com término previsto em torno de 14h00...


Isto queria dizer nada de balada no sábado a noite... para não dormir no banco do centro.


Chegando por lá, apesar de já estar encantado com a Umbanda, cheguei observando novamente cada passo para encontrar algo que me levasse novamente na idéia inicial que carreguei por tantos anos da minha vida. Eu queria ter certeza mais ainda.


Já entrando no santuário observei ônibus, carros cheios chegavam a cada instante. E cada vez que eu caminhava para dentro daquela mata, eu me envolvia mais e mais... Quando me deparei com estátuas de santos católicos e da umbanda em tamanhos gigantes. Imagens de São Jorge de aproximadamente uns 6 metros de altura dentre as árvores. E novamente a cada passo e respirar dentro daquela mata, não preciso falar do ar puro do local, eu me enchia de emoção.


Chegamos ao nosso grupo no terreiro reservado para eles. O santuário é uma grande área aonde as pessoas que não tem como ter seus centros em apartamentos ou mesmo em bairros mais reservados, alugam ou mesmo compram para poder fazer os seus trabalhos entre seus fiéis.


E logo fui apresentado a pessoa responsável pelo centro. Uma senhorinha pequeninha super simpática e de certa forma pela idade, frágil. Indiscutível que aquela pequena senhora estaria ali fazendo mal para alguém ou mesmo fazendo um teatro para impressionar as pessoas. Lembrando que eramos apenas 2 pessoas como consulentes e o restante já estava na gira. E mais, ela lembrava a vizinha da minha avó em Curitiba que eu tanto gostava, quando criança. Por isto eu me senti melhor acolhido ainda naquele instante e lugar.


Assisti a gira trabalhando e um dos médius veio até mim e me falou duas coisas; que eu não deveria ter medo, pois quem pensa e faz mal é a pessoa quando viva e não os espíritos e que as vezes a nossa compreensão esta aquém daquilo que realmente pode ou não nos fazer o bem. E para completar me falou que seu estivesse me sentindo a vontade, estava convidado a já participar da roda como assistente e deveria voltar no outro domingo vestido de branco...


Sai novamente flutuando ao término dos trabalhos e claro que voltei no domingo seguinte...