Existe uma linha além de tênue, sensível e muitas vezes frágil quando escrevemos. Pois podemos ao mesmo tempo escrever sobre as coisas e pessoas ou mesmo, sobre as nossas próprias idéias sobre tudo. Procuro ser o mais neutro de tudo, dando o direito da resposta e da desculpa . Insistir no erro já ouvi que não é inteligente mas ainda acabamos aceitando até o momento de pagar para ver ou rever aquilo que já foi dito ou feito.
Quando me perguntam sobre o que escrevo ou mesmo de onde eu tiro tantas idéias e palavras, respondo que apenas me calo e no silêncio de uma conversa ou mesmo num real silêncio me vem a necessidade de colocar para a fora, minhas idéias de determinado assunto.
Gosto muito de caminhar pelas ruas, assistir o body language das pessoas ou até mesmo arriscar de ouvir alguma conversa. Claro que uma conversa descompromissada para um interesse alheio. Mas algo que me fará de alguma forma, olhar a mesma paisagem, porém com outros olhos e detalhes.
Recordo de uma vez assistindo a um filme no cinema, aonde eu me encontrava entrertido com determinada cena e fui atentado a um quadro na parede, pelo comentário da pessoa atrás de mim. São olhos para a mesma tela aonde passava o filme com análises e críticas diferentes.
Também dentro de uma sala de cinema aonde eu como bom admirador de luz de cenas e fotografia das mesmas, focava minha atenção somente nisto, até um amigo ao lado que é arquiteto, me informar que a batente da porta de determinada cena do filme era de plástico.
Por isto insisto em tantas histórias paralelas das nossas... que se apenas piscarmos já poderemos entrar nelas ou mesmo nem sequer percebe-las.
