viver numa bolha


Passei o meu último feriado na cidade do Rio de Janeiro. Sou um fâ inenarrável daquela cidade maravilhosa. Eu gosto do tempo da cidade, das pessoas e do momento. Eu me policio e muito para ficar neste mesmo tempo quando chego no Rio. Pois como bom paulistano, já chegamos agitados, correndo e querendo causar se algo não acontece dentro do nosso esperado. O Rio de Janeiro continua lindo sim. Senti uma segurança maior nas ruas e lugares, até por tanta mídia negativa sobre tudo. Aliás já ficou tão automático que quando se começa a ler uma nota no jornal sobre algo terrível e bruto, já espera saber em que bairro carioca aconteceu. Mas hoje me deparei, com uma surpresa, não era no Rio e sim em SP. Ponto para o Rio. Ponto para o Rio, porque sei que existe problemas sociais naquela cidade. Sei da corrupção, sei da pobreza, má administração de décadas e até do jeito carioca de ver e conviver com as coisas. Mas os problemas maiores são dois; um você achar que tudo é lá. Lembrando que o Rio e SP não são as cidades brasileiras mais perigosas e agressivas e segundo, já achar normal toda essa bandidagem seja no Rio ou em qualquer outro lugar no Mundo. A maior preocupação de todos deveria ser o estado de "entendimento" ou mesmo de "não preocupação do que se acontece nos lugares baseado na quantidade e forma que acontece. Por exemplo, quando você lê num jornal que mais um trem descarrilhou em Mumbai na India. O que fazemos ou pensamos? Mais um? Outra vez? O que acontece com os trilhos daquele país? Ou mesmo um tsunami numa ilha do pacífico aonde ficamos apenas ansiosos para ver a imagem das ondas gigantes. Seja Rio, São Paulo de Mumbai a Praga, não interessa o grau ou o ibope do desastre, mas sim, imaginar que nestes lugares existem pessoas inocentes, que acordam cedo para ir trabalhar, cuidam de seus filhos num esforço único e de repente o mundo assisti os seus desastres apenas como mais um. Talvez eu sózinho, seja apenas um pássaro que não faço barulho, mas que os "tais" governantes, reflitam mais sobre cada um. Principalmente por aqueles que sofrem com as suas más administrações. Ficando apenas numa onda de acomodação.