I love my BIKE


Todos meus amigos e conhecidos não aguentam mais ouvir eu falar sobre a minha paixão de andar de bike ou o grupo de night bikers ou mesmo sobre as situações e visões inusitadas da cidade por onde passo pedalando. Porém toda a minha análise sobre andar de bike na cidade não é apenas nos comentários que faço aos amigos. Mas também nas análises que eu faço para mim mesmo sobre o tal brinquedo. Por exemplo quando eu entro no Ibirapuera pedalando desligo o meu Ipod para poder ouvir o silêncio. Ouvir as imagens do parque. Seja num lindo pôr do sol ou mesmo apreciar os grandes prédios de trás das árvores. E para completar esta visão, o ar puro que entra como mais um argumento de entendimento do que eu vejo. Ou seja, talvez, pensando agora, eu veja com mais nitidez quando respiro bem. Porque não? Existem várias ações em nosso dia a dia que precisamos de um outro elemento para podermos usufruir com mais clareza e prazer determinada situação. Então começo o passeio pelo mal cuidado asfalto do parque Ibirapuera e fico atento as coisas que acontecem á minha vista e ao meu redor. Admiro as pessoas, principalmente as educadas, que não deixam suas crianças andarem na faixa da ciclovia. Aprecio as pessoas que que acordaram cedo pois tem o delicioso vício de correr ou até do cantar dos pássaros. Primeiro rodo algumas voltas, para um lado, que é mais fácil , evitando as subidas e depois o outro, abusando do já aquecimento.
No máximo dou uma paradinha para apreciar o movimento na praça do porquinho e depois continuo a minha maratona individual para lugar algum. Ops, até que decido voltar para casa, ai sim com destino planejado. Mas o prazer sobre duas rodas, de uma bicicleta está numa liberdade de ações e de momentos distintos. Uma liberdade de andar na contra mão, mas também da liberdade de se estar sobre um brinquedo antigo, quando ainda era tudo muito novo para mim.
Andar de bicicleta numa visão romântica, seria o adulto voltar a brincar sem ser criticado, pois trata-se de um brinquedo sem idade e para todos. E ainda para completar, sempre quando conquisto um ouvinte para me ouvir falar sobre as minhas aventuras sobre pedalar, sempre convenço sim, que cada um de nós, sempre amou ter, querer ou mesmo relembrar a sua bicicleta.