que mundo é este?


Quando aqui chegamos, ainda semi nus e acreditando nas ervas para curar doenças, a tal grande cidade ainda era mato, lodo ou floresta. Com terra aparente para se caminhar descalço e captar a energia da natureza entrando através de nossos pés, fomos concretizando e asfaltando para poder passar por ali, voando em nossos carros velozes. As árvores que plantamos com carinho pensando em suas sombras, derrubamos para uma sombra mais fria de grandes edifícios. Os animais mudando de lugar com as pessoas que as vezes ainda se manifestam como um aninal selvagem. E de repente cimento e concreto por todos os lados e as águas das chuvas querendo terra para deslizar. E nada, as mesmas águas procuram os grandes rios que ali existiam e hoje são apenas córregos poluídos.
Hoje as plantas estão engarrafadas em remédios industrializados; as casas são umas em cima das outras e com um caminho na vertical e; o tempo cada dia mais escasso entre as pessoas. Pois com toda esta tecnologia nos da a impressão de que o ano já acabou e ainda estamos em fevereiro. Mas ali no campo, depois de uma estrada, o tempo é outro. Pois a informação é menor e se tem mais tempo para as coisas ainda simples da vida. O caminhar na terra ali ainda existe. E o ar além de puro é dimensionado através de suas nuvens e árvores.
O mundo muda, nós mudamos e as pessoas, apenas vivem da maneira que acham melhor. Porém existem aquelas que sabem enfrentar e quebrar este continuismo do mesmo. Que debatem e andam no contrário do tráfego do convencional.